9 de outubro de 2013

Os adolescentes de hoje


Os adolescentes de hoje. Como dizia François la Rochefoucauld "Todas as paixões nos levam a cometer erros, mas o amor faz-nos cometer os mais ridículos. O amor que sentimos pelos nossos filhos leva-nos a cometer os maiores erros, os mais ridiculos de todos.   

"Como o tempo é cada vez menor, os pais,  delegam na escola e na televisão a tarefa de educar os seus filhos. Desse modo, ao delegarem em outros a tarefa de educar os seus filhos, ficaram com mais tempo para eles mas, esqueceram-se do principal. A transmissão dos valores e da educação deixou de ser dada por eles e é noutros que a criança os vais buscar. Mais tarde, poderemos pagar um preço bem alto por esse acto. A tarefa da escola é ensinar e transmitir conhecimentos mas, com o complemento de uma família, pois só ela lhe poderá transmitir valores que ela mais tarde irá utilizar.
A nossa sociedade está-nos a transformar em autómatos. Levantar, levar a criança à escola, trabalhar, buscar a criança à escola, regressar a casa e sentarmo-nos no sofá. Onde ficaram as conversas à hora de jantar, o passeio com a família, a leitura de um livro, a visita a um cinema, a um teatro".
A tarefa dos pais não é apenas  alimentar os seus filhos.O papel mais importante na vida de seus filhos é ajudá-los a crescer e a incentivá-los a tomarem decisões importantes para o seu futuro, dando-lhes o exemplo.

Estou  vos falar disto porquê?  Porque hoje assisti a uma conversa entre uma mãe e uma filha de quinze anos, que não me agradou.
Depois de muita insistência no pedido de dinheiro e a mãe responder que não podia satisfazer o pedido, a filha vira-se para a mãe e diz: - Odeio-te tanto!  Se soubesses o quanto matavas-te!
Ao ouvir este triste episódio veio-me à cabeça este conto:

"Um jovem criminoso foi levado a tribunal, acusado de vários crimes e condenado a dez anos de prisão. Ouviu de pé a proclamação da sentença.
No final, suplicou:
- Senhor Doutor Juiz, dá-me licença de falar?
O Juiz surpreendido, respondeu:
- Faça o favor de dizer.
O jovem  com voz calma disse:
- Perdoo ao Senhor Doutor Juiz, porque fundamentou a sua sentença na justiça e no direito. Perdoo aos advogados de acusação, porque fizeram o seu dever. perdoo às testemunhas de acusação, porque disseram a verdade. Mas está aqui presente um homem a quem me custa perdoar. É o meu pai. Se me tivesse corrigido quando era criança, se quando era adolescente soubesse quais eram as minhas amizades e os lugares que frequentava, não estaria aqui. Seria hoje um homem livre e feliz.
Acompanhado por dois guardas, foi conduzido à prisão.
O pai, de lágrimas nos olhos, ao ver o seu filho algemado a passar perto dele, ainda teve tempo para lhe dizer:
- Meu filho, suplico-te que me perdoes!"

Os adolescentes de hoje. Costuma-se dizer que é de pequenino que se torce o pepino. O carinho e o amor dos pais  não é tudo, terá de ser acompanhado com a exigência no cumprimento do dever.
 
 

 

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