29 de abril de 2014

Dia da Mãe


Dia da Mãe. Está quase a chegar!. Com este lindo texto da compositora e escritora, Fernanda de Mello presto homenagem a todas as mães do mundo e principalmente à minha.

"Difícil escrever sobre a minha mãe. A famosa Gui, dona dos olhos mais verdes e do sorriso mais bonito desse mundo. Desculpe-me, mas está pra nascer mulher igual nesse século. Porque Guilhermina é Mulher com Eme maíusculo. Eme de Mãe. Eme de Maravilha. Eme de Mágica. (E bota mágica nisso!) Uma super-heroína? Não, nem tanto. Gui gosta do que é imoral, ilegal ou engorda (embora seja a pessoa mais correta que eu conheça). Na verdade, ela é mulher no ponto certo. Pronta pra encantar. Pronta pra acalmar. Pronta pra botar pra quebrar. Está sempre com os braços abertos, o café na mesa, a alegria na cara. Embora quase-perfeita, ela tem aquela simplicidade que nega: "que bobagem, eu não sou nada disso". E eu escuto ela falar e fico quieta, pensando: ah, se Vinicius de Moraes te conhecesse, mãe! Se ele lesse a poesia que eu vejo em seus olhos... Ah, "se todos fossem no mundo iguais a você".
Gui é isso aí, quem conhece, sabe. Ela é música. Arte. Colo. Abraço apertado. E Salto alto. Libriana de carteirinha, ela nasceu para fazer festa. Com suas caras, bocas e trejeitos, ela é referência. Ponto de apoio. Equilíbrio e panos-quentes. A verdade é que ninguém sabe SER como Guilhermina é. Inteira. Completa. Dona de múltiplos talentos e carinhos fabricados por ela mesma. Precisa de inspiração? Olhe um segundo para ela. Mas antes, prepare-se! Guilhermina vicia e só faz bem. Depois de conhecê-la, você vai sempre se lembrar: taí uma mulher que sabe das coisas. E ela sabe! Sabe por sentir, mesmo antes de pensar. Minha Corutjicha (como eu a apelidei há tempos atrás) tem o sexto sentido aguçado. Descobre minhas vontades, decifra meus humores, faz o impossível para me ver feliz. E eu SOU! Devo minha melhor parte a ela, que me ensinou a viver de um jeito apaixonado e cheio de virtudes. Ela me mostrou que existem - sim! - alminhas bonitas no mundo que valem nossas dores, cores e (tantos) amores. Com ela aprendi a andar com minhas próprias pernas, aprendi a acreditar, aprendi a amar e a receber, aprendi a afirmar: amanhã será bem melhor, SARAVÁ!!
Gui é assim: poesia que não pára. Tons. Pausas. Letras. E uma leve tristeza disfarçada.
Gui é minha melhor frase. Meu melhor verso. Minha canção perfeita. Minha lua. Minha mais divina luz. Minha inspiração. Refrão e desabafo.
Passo dias pensando: o que fazer para deixá-la um pouco (ou um tanto) mais feliz? Foi aí que descobri. Sendo feliz, primeiramente. Acho lindo e simples isso. Ao contrário do que possa parecer, não é egoísmo. O amor se recicla e nunca é desperdiçado. A gente vê o outro feliz e - instantaneamente - fica feliz também. Já sentiu? É PERFEITO! Por isso, devo confessar: o que me faz acordar todos os dias com um sorriso estampado na cara é saber que posso fazer minha Guizola sorrir. (E - porque não? - ás vezes, também, chorar). Cada conquista, cada emoção (pequena, média ou grande) é um presente meu pra ela. Um agradecimento (lá do fundo do coração) pela sorte de ter o maior de todos os presentes já ganhos: A PRESENÇA DELA EM MINHA VIDA!
Por ela, eu desafio a mim mesma. Por ela, eu me atrevo a ser melhor. Por ela, eu ouso acreditar que músicas serão gravadas, livros sairão do papel e gatos subirão - satisfeitos - em telhados da casa de vidro.
Por ela, EU SOU.
E sei que pouca coisa importa tanto quando as miudezas de uma vida com ela. O arroz doce quentinho. O puré de batata. A risada infinita. O abraço grudado. Aquele brilho no olhar que é um pouco de céu. Quando chego na casa de Dona Gui - minha rainha a quem devo minha coroa e todo meu amor - ela responde do interfone com a voz mais doce do mundo: "Oi,minha Pimpolitcha!!!". Nessas horas, eu fecho os olhos e agradeço (porque ela também me ensinou a agradecer pela vida): OBRIGADA PELA MELHOR MÃE DO MUNDO SER A MINHA!"


Dia da Mãe. Apesar da idade (86 anos) da minha mãe peço a Deus que este dia se repita por muitos anos na nossa vida.

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