A doença da minha mãe, faz-me sofrer bastante custando-me aceitar que a vida nem sempre siga a minha vontade.
Uma das principais coisas que aprendi com os anos que a vida é madrasta, nem tudo é um mar de rosas, leva-nos pessoas que amamos e com a sua falta sofremos e choramos de saudade o resto da nossa vida, que recomeçamos após as quedas que dermos, por vezes tomamos opções e fazemos julgamentos errados. A vida é um caminho longo que me testa os meus limites. A vida não me tem ensinado a ser forte; ela obriga-me.
Neste semestre a minha vida tem sido um teste, físico e mental, ao qual não sei se irei passar com distinção.
A minha mãe sofreu um AVC ligeiro com algumas sequelas, tirando-lhe muitas capacidades que tinha, de mãe guerreira que sempre foi, passou a menina, precisando de todos os nossos cuidados.
Inverteram-se os papeis, em vez de ser a mãe a cuidar dos filhos, são os filhos a cuidar da mãe.
Até aí tudo bem, a minha mãe merece tudo isso e muito mais.
O que me causa sofrimento mental é a sua perda de memória recente e alguma antiga.
Como isto já não era suficiente fui submetida a uma cirurgia à coluna com uma recuperação um pouco longa, que me tem impedido acompanhar e acarinhar a minha mãe nesta fase da sua vida. Dias melhores virão! Sopro para bem longe tudo aquilo que me rouba o riso.
A doença da minha mãe. Na vida somos mestres e alunos: algumas vezes ensinamos, mas todos os dias aprendemos.
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