27 de agosto de 2013

Conto da semana - Como derrubar muros

Conto da semana - Como derrubar muros. Há dias em que a realidade não me basta. Preciso de outra história em novo conto, um novo drama, uma nova vida com um mundo imaginário para me entender a mim e ao mesmo tempo o mundo que me rodeia incluindo alguns elementos da minha família.
Hoje é um dia desses.

Derrubar muros

Num deserto viviam dois eremitas. Cada qual tinha a sua gruta, uma em frente da outra. Depois de muitos anos de mortificação, um dos dois eremitas estava verdadeiramente convencido que tinha alcançado a perfeição. 
O outro era também um homem piedoso mas sobretudo muito bondoso. Parava a conversar com os viajantes, confortava os tristes, ajudava quem necessitava e até hospedava na sua gruta os que andavam perdidos.
O colega eremita, criticando-o, disse-lhe:
- Perdes  tanto tempo com pessoas em vez de o dedicares à oração!
O bondoso eremita não fazia caso das críticas e continuava a fazer o bem sem olhar a quem.
O outro para mostrar o seu desagrado, decidiu colocar uma pedra à porta da sua própria gruta, todas as vezes que via o outro a acolher alguém. As pedras foram-se acumulando à entrada da gruta. Passado algum tempo, eram tantas que formavam um verdadeiro muro. E o eremita ficou fechado lá dentro, isolado, sem poder sair.

Este eremita fazia consistir a perfeição em passar o seu tempo a recitar orações e a fazer penitências. Fazia apenas isso sem se preocupar com o próximo, não ligando ao sofrimento nem às suas necessidades. O outro eremita bondoso também rezava mas estava atento às necessidades do próximo prestando-lhe auxílio. Tinha tempo para orar e tempo para dedicar ao próximo.

Conto da semana - Como derrubar muros. Quando  temos vontade em ajudar o próximo ou mesmo familiares que estejam a passar dificuldades  não há muros que não consigamos derrubar, não há obstáculos quando existe uma grande vontade de realizarmos alguma coisa, basta querer. A falta de tempo não é desculpa para tudo.

25 de agosto de 2013

Recordar Carlos Paião



Recordar Carlos Paião. Carlos Manuel de Marques Paião nasceu em Coimbra no dia 01 de Novembro de 1957. Licenciou-se em Medicina pela Universidade de Lisboa, acabando por se dedicar à musica.
Faleceu a 26 de Agosto de 1988 num acidente de automóvel em Rio Maior quando vinha de  atuar num grande concerto em Fornos de Algodres, Viseu. 
Na altura,  surgiu o boato de que na ocasião de seu funeral não estaria morto, mas sim em coma, porém a violência do acidente por si nega o boato, pois a sobrevivência a este seria impossível.
Está sepultado em São Domingos de Rana, freguesia do concelho de Cascais.
Além de cantor era compositor e instrumentista, Carlos Paião produziu mais de trezentas canções.
Recordar Carlos Paião depois de 25 anos. A sua morte prematura foi uma grande perda para a música portuguesa.

7 de agosto de 2013

A minha paixão pelos livros-leitura




 A minha paixão pelos livros - leitura. Desde criança que sinto uma paixão pelos livros, os contos, as histórias verdadeiras ou fictícias que narram levam-me a viajar no tempo,  dão-me conhecimento sobre o mundo e uma grande experiência de vida. Sinto-me iluminada.

Quando a sua história é muito boa fico presa a ele e só paro quando alcanço o fim. Se a personagem está deprimida, eu também fico. Se ela é apaixonada, eu fico in love, com o  coração palpitante. Quando transmite uma mensagem fico pensativa, reflito e tento mudar a minha maneira de ser ou estar. No final do livro quase sempre fico com os olhos cheios de lágrima, emocionada.

Neste momento acabei de ler Tolstoi (um escritor Russo) um  livro de histórias populares russas com o nome "A Terra que um Homem precisa", que narra o seguinte:

O drama de Pahóm

"Pahóm personagem principal deste conto, é-nos apresentado com toda a sinplicidade e dureza, com base no poder corruptor, das nossas naturezas vulgares, da propriedade e da riqueza, exemplificado nos seguintes excertos deste conto:
- Não trocaria a minha vida pela vossa; é certo que vivemos com alguma rudeza, mas, pelo menos, não estamos sempre ansiosos; vocês vivem com mais conforto e mais inteligência, mas ganham muitas vezes mais do que precisam e estão sempre em riscos de perder tudo.
E não precisamos de nos curvar diante de ninguém: vocês na cidade, vivem rodeados de tentações; hoje tudo corre bem, mas amanhã o diabo pode tentar o teu marido com a bebida, o jogo ou as mulheres - e lá se vai tudo. (...)
Mas o diabo tinha estado sentado num recanto da lareira e tinha ouvido tudo; ficara contentissímo quando vira que a mulher do camponês arrastara o marido para a gabarolice  e quando percebera que o homem pensava que, se tivesse terra à vontade, não temeria o diabo.
- "Muito bem pensou o diabo. Vamos lutar um com o outro; dou-te toda a terra que quiseres e há-de ser por essa terra que te hei-de apanhar". 

Moral da história: 
Nascemos sem nada...
Partimos desta vida sem nada levar,
 a não ser... sete palmos de terra.

A minha paixão pelos livros - leitura é uma paixão barata que me consola, distrai e me emociona, como dizia Elizabeth HardwicK.


 
 

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